O Feitiço ultimamente tem mostrado muito interesse por carecas e termina muitas frases com "careca", independentemente da pessoa com quem está a falar e do que está a dizer. Por exemplo:
Eu: - Feitiço, diz "Até amanhã" às manas. Feitiço: - Até amanhã, careca(s).
No outro dia, calhou estarmos todos na casa-de-banho quando o Feitiço, ao falar com uma das manas, terminou a frase com "careca". Nessa altura, o Rogério disse: "Só eu é que sou careca - olha [e mostrou o alto da cabeça, onde há realmente muito poucos cabelos]". O Feitiço percebeu a ideia, mas desde aí já repetiu "careca" sem "adequação capilar". E mesmo no caso do pai, eu já lhe disse várias vezes que "não é para chamar careca ao papá".
Hoje, a obsessão do Feitiço por carecas teve o seu momento mais glorioso, apesar de, felizmente, só eu (creio) ter dado por ele.
Estávamos na Igreja, na Eucaristia. Quando o Senhor Padre se aproximou do ambão, para a leitura do Evangelho, o Feitiço virou-se para mim e disse, num tom intrigado, mas discreto:
- Olha! Também é careca?!?
Eu respondi logo, baixinho, antes que ele aumentasse o volume e repetisse a pergunta:
- Sim, mas não é preciso dizeres.
Ele insistiu: - Perdeu muitos cabelos?!?
Eu: - Sim, mas ele já sabe disso, não é preciso dizeres.
E com esta consegui silenciar o Fã Nº1 de todos os carecas do mundo.
Às vezes gostava de não ser o correspondente ao 112 no âmbito familiar.
Seja o que for que aconteceu, é a mim que os três recorrem: "Mamãããã!"
Hoje, por exemplo, estava eu na banheira, em pleno duche, apareceu-me a Varinha a dizer não sei o quê (não sei mesmo, pois o barulho da água não me deixou perceber). Dava para perceber que não era grave, pelo tom, e tinha todo o som de ser uma queixa muito sofrida de qualquer coisa que o Feitiço (mais provável) ou a Vassoura (menos provável) tinha(m) feito.
Sem parar o duche, repliquei: "Quero tomar banho sossegada. Se é grave, vai dizer ao papá; se não é grave, espera." A Varinha insistiu: "Mas, mamã, [...]". Mais uma vez sem perceber as suas palavras - e, honestamente, sem esperar que ela acabasse de falar -, repeti: "Se é grave, vai dizer ao papá; se não é grave, espera."
Escusado (ou talvez não) será dizer que a Varinha não foi ter com o Rogério, pois não era grave o que se tinha passado ou estava a passar. E quando me viu pronta, também não tinha nada para me contar. Ou seja, continuando a analogia, foi uma daquelas chamadas desnecessárias que o 112 está sempre a receber, por pessoas que não se coíbem de o fazer.
Ficou o desabafo.
...
Mas, como todas as moedas têm dois lados, eu adoro sentir e perceber que sou o "mais-que-tudo" dos meus filhotes e mais vale admiti-lo também. :-)
Desengane-se quem pensar que eu tenho mãos habilidosas, depois de ver este post. Sim, fui eu que desenhei em todas as faces destes cubos e fui eu que os envernizei, mas de resto...
O produto original, pronto a pagar e a usar, é o que se encontra neste link: http://www.storycubes.com/products/rorys-story-cubes/ A maneira de os fazer encontra-se em http://www.redtedart.com/2010/11/05/how-to-make-story-cubes-beautiful-memories/ e em http://mymagicmom.com/story-blocks-or-story-dice/ Estes cubos estiveram um bocado parados cá por casa, mas já se revelaram muito úteis durante viagens em transportes públicos, na sala de espera do médico e nos tempos "mortos" à mesa de um restaurante. Nos últimos dias redescobrimos os cubos de histórias que estavam esquecidos e passámos uns bons momentos entretidos com eles. Agora até o Feitiço joga connosco, com a particularidade que não liga nenhuma ao que nós dizemos e inventa uma história a partir do que vê no cubo ou cubos que tem na mão, e nós é que temos de nos adaptar ao que ele diz... um desafio maior e ainda mais divertido!
Este episódio passou-se quando a Vassoura tinha uns 4 anos.
Tocaram à campainha e a pessoa que tocou identificou-se como sendo de uma operadora de telecomunicações. Como tinha alguma disponibilidade, estive a ouvi-la falar das vantagens da fibra ótica, blá blá blá. A Vassoura andava por ali a cirandar.
Quando despachei a pessoa e fechei a porta, a Vassoura fez o seguinte comentário:
- Por falar em FIBRA, a fruta que eu quero hoje ao jantar é laranja...
Adoro dançar. Durante anos dancei sozinha, no meu quarto, na sala, ... por vezes com público, mas maioritariamente sem ninguém a ver.
Tenho experiência limitada de dançar a dois, de uma maneira romântica (o meu Rogério é um pouquinho pé-de-chumbo), mas, nos últimos anos, especializei-me em danças a dois, a três e a quatro...
São as danças mais divertidas que me lembro de dançar. Os meus companheiros são, claro, - e duvido que alguém não tivesse adivinhado -, os meus filhotes: Vassoura, Varinha e Feitiço.
Hoje dançámos ao som de um dos discos desta coleção, o famoso "Fungagá da Bicharada". Dançámos e rimos, que é capaz de ser ainda melhor do que dançar. Venha o ... anjo e escolha! :-)
Este conjunto de 4 CD's ("Obra Infantil Completa de José Barata Moura") foi-nos oferecido no Natal de 2012 pelos padrinhos da Varinha. Noutra oportunidade falarei sobre eles, especialmente sobre a madrinha, que conheço há poucos (ah ah ah) anos.
É uma mensagem sobre a amizade tão bonita! Penso que hoje em dia não se poderia repetir, pois a venda de animais selvagens é proibida, certo? Mas não era, há 44 anos...
Mostrei o vídeo à Vassoura e à Varinha. Expliquei-lhes a história, uma vez que nenhuma lê em inglês, e elas gostaram muito. Comentário da Vassoura no fim: "Só não gostei da música..."
01:45h: acordo com a voz da Vassoura a chamar-me baixinho. Percebo a primeira parte, "Mamã...", mas não percebo o resto. Ela repete o chamamento, novamente em tom discreto.
Enquanto o meu cérebro tenta decifrar o conteúdo da mensagem, oiço a voz do Feitiço, não tão baixa assim:
Toda a gente sabe que "rir é o melhor remédio", não é?
O pior é quando não conseguimos tomar esse remédio... Aí, tomamos um alternativo, que precisamos que alguém nos dê. Qual? Um abraço, um abraço apertado e cheio de amor. É quase tão eficaz como o outro remédio e arrisco dizer que em algumas situações, é mesmo mais eficaz.
Deu-me vontade de contar uma anedota, mas as que me ocorrem agora fazem rir os meus filhos, por isso talvez não sejam muito elaboradas para pôr aqui...
Fiquei em quarto lugar no passatempo que referi aqui. Como prometido, aqui fica o texto com que participei:
"Eu é que sou a mãe mais horrível do mundo!
Eis as evidências:
… sou capaz de comer primeiro o pequeno-almoço e só depois tirar o mais novo (de três anos) da cama, mesmo sabendo que ele está acordado;
… quando a mais velha (de seis anos) acaba de jantar e quer companhia até à casa‑de‑banho, por causa “do escuro”, eu digo-lhe para acender todas as luzes do caminho e ir sozinha;
… e quando o pai a acompanha nessa altura, eu penso: “Assim nunca mais cresce!”
… insisto que os legos (que são muitos) estejam organizados nas diferentes caixas, porque, quando não estão, dão(-me) muito mais trabalho a encontrar peças específicas para uma construção;
… quando não gostam da comida, não lhes ofereço manjar alternativo;
… às vezes leio as histórias a uma velocidade olímpica, antes de irem para a cama, para que vão o mais depressa possível;
… faço questão de torturar os meus filhos com idas ao teatro;
… e, para cúmulo, quando digo aos meus filhos que lhes vou dar um beijinho, induzo‑os em falsas conceções numéricas, pois dou‑lhes sempre mais do que um!"
Já li no "Entre biberons e batons" que hoje só se vai falar do Dia do Pai. A autora do blogue acha muito bem, e eu concordo. Só escrevi o artigo anterior pelo mediatismo do mesmo. ;-)
Por aqui, o Dia do Pai começou com a Vassoura Voadora e a Varinha Mágica a dedicarem uma canção ao Gato Rogério. Depois do pequeno-almoço, elas e o Livro de Feitiços entregaram os cartões que tinham feito com a minha ajuda.
Os cartões começaram a ser feitos numa das vezes em que o Rogério foi ao supermercado, e foram acabados ontem à tarde. Aqui fica o registo da conclusão dos trabalhos, com muito empenho de todos (até do Feitiço).
As capas ficaram assim
autores: Vassoura, Varinha, Feitiço
muito lindas. O Pai gostou muito e isso é o principal!
Ao meu querido Pai, agradeço tudo quanto me ensinou e divulgo o primeiro ensinamento de que me lembro: quando pintamos qualquer coisa, não devemos passar por cima dos contornos do desenho, mesmo que de um lado e do outro da linha usemos a mesma cor. O ensinamento, na altura, aplicava-se a um cavalo, que eu estava a pintar de castanho, sem passar para fora, mas pintando sobre a linha preta que formava a parte de cima da pata do cavalo. Obrigada, Papá! Nunca mais me esqueci, nem repeti a asneira...
Muito a sério, obrigada por tudo! Gosto muito de ti (era verdade quando o escrevia em pequena, e é verdade agora - só mudou o tipo de registo, não o sentimento)!