A Vassoura (agora já sabe quem é, certo? Não? Vá aqui) frequenta o 1º ano do Ensino básico. Tem (muito) bom rendimento escolar, mas todas as semanas recebemos a informação que "Continua muito faladora".
Isto, confesso, incomoda-me muito, porque sempre tive facilidade em cumprir regras na sala de aula e também porque, como professora, sei demasiado bem o que uma "língua do tamanho de uma auto-estrada" nos pode fazer à cabeça (atendendo a que quase nunca há apenas uma língua deste tipo na turma).
Não temos estado de braços cruzados à espera que a questão se resolva, mas parece que, por mais que façamos, a questão não se resolve.
A Vassoura está sem televisão (convenhamos: é um castigo que só lhe faz bem), sem guloseimas (mal não lhe faz - embora antes fossem poucas as que podia comer), sem poder ir a festas de aniversário dos amigos (o que tem sido tão questionado por outras pessoas que tenho andado a repensar a coisa), e, último castigo, tem de escrever todos os dias uma frase alusiva ao comportamento que deve ter. Começou por ter de escrever duas vezes; como não melhorou, agora tem de escrever cinco vezes.
Ontem, ao escrever a frase, disse a Vassoura: "Este castigo é tão chato!" Respondi que, se não fosse, não era castigo...
Também já tentei a abordagem pela positiva, pelo que poderá acontecer de bom quando ela melhorar o comportamento: poderá ir pela primeira vez ao cinema, poderá passar uma tarde com uma amiga sem ser em situação de aniversário, poderá recuperar os privilégios perdidos, poderá...
Antes do último castigo ser introduzido, falei com o professor da Vassoura sobre uma ideia que tinha tido: arranjar um bloco pequeno para a Vassoura, na sala, em vez de falar com as colegas, escrever o que lhes queria dizer, levando-o depois para o recreio como lembrete. O professor concordou ("Vale a pena tentar tudo", disse ele), arranjou-se o bloco (chamado "Caderno do Silêncio"), mas... sem resultados à vista.
Para terminar este post que já vai longo, uma palavra de ânimo: uma amiga contou-me que falava muito na sala de aula quando estava no 1º ano de escolaridade, mas que no 4º ano já se controlava muito bem. Há esperança para a Vassoura! Espero é que não demore tanto tempo...
O Feitiço (ler isto apenas se não souber quem ele é) gosta muito de viajar de comboio (CP ou Metro, é indiferente), especialmente se for para ir comigo a casa dos avós ou dos tios. Isto de ser uma Bruxa e não conduzir, nem vassoura, nem automóvel, limita-nos um bocado as voltas, no inverno, principalmente.
Esta manhã, como em tantas outras, o Feitiço disse que queria ir para o comboio. Eu respondi que com tempo de chuva não dava, era preciso que estivesse sol.
Diz logo ele: "Ó sol, leva as nuvens para a casa delas! Podem chover lá na casa delas..."
Soou-me a poesia, da maneira como foi dito. Agora já não me parece tanto. Se calhar a quem lê isto não parece nada! Paciência...
Ontem preenchi o I.R.S.. Correção: ontem preenchi a minha parte nos rascunhos dos papéis do I.R.S.. Fiquei contente e deixei contente o Gato Rogério (se pensa que é um felino, vá aqui), quando lhe contei.
O Rogério é hiperorganizado e eu... nem por isso! Mas com um bocadinho de esforço e para evitar ficar até ao último dia com isto pendente, passei à ação. Valeu bem a pena! A sensação de dever cumprido é muito boa.
Esquecia-me de dizer que também preenchi os papéis para a renovação de matrícula da Vassoura e da Varinha, na escola que frequentam. Tripla missão cumprida: parabéns para mim!
Eu tenho uma Bimby desde o verão de 2010, tinha o Feitiço meio ano (para perceber quem é o Feitiço, ler isto). Mas tenho uma Nina desde antes de nascer a Vassoura (se não foram à primeira e querem perceber o porquê destes nomes tão sui generis, vão agora: aqui).
A Nina (nome fictício) é a nossa empregada, duas vezes por semana. Não é portuguesa.
Se não conhecem a Bimby, pesquisem no google e facilmente descobrirão. Se estiverem interessados numa demonstração, digam qualquer coisinha, que eu contacto a minha agente (eu não faço parte desse grupo empreendedor).
A Bimby faz tudo, ou quase tudo, no que diz respeito a cozinhar. Graças à Bimby, eu, um autêntico zero na cozinha, já fiz bacalhau com natas, lasanha, tagliatelle com não sei quê, limonada, gelados, pizza, muitas sopas e muita papa de flocos de aveia. A Vassoura e a Varinha apreciam esta última, tal como a sua mãezinha. O Rogério passa bem sem ela e o Feitiço, nisso, parece sair ao pai.
Mas a Nina, oh, a Nina... além de fazer tudo o que a Bimby faz (bem, nunca fez gelados, pelo menos cá em casa, mas faz uns bolos muito saborosos), limpa a casa, engoma a roupa, cose roupa quando necessário...
Se eu podia viver sem a Bimby? Podia, mas não era a mesma coisa (especialmente durante as férias da Nina)!
Se eu podia viver sem a Nina? Podia, e quando ela deixar Portugal, vou ter de o fazer, mas não será a mesma coisa. Nessa altura, é que passarei a ser uma "bimbólica". Por enquanto, sou uma "ninólica".
Tendo o blogue apenas um dia de existência, e eu igual tempo de experiência nesta área, vou torná-lo público.
O blogue irá crescendo com o carinho da mãe, eu, Bruxa Mimi, e com eventual seguimento e comentários de leitores.
Certamente não quero que o blogue fique assim, com um visual tão pobre, mas em vez de aguardar a perfeição, ponho à vista de todos tal como está. O tempo, a experiência e, espero, o bom gosto, farão o resto.
Ao contrário do que pensava e escrevi aqui, provavelmente não vou revelar a minha identidade verdadeira, nem sequer utilizar os nomes dos meus filhos. Faço-o por respeitar a opinião do meu marido, que prefere que seja assim.
Mas, para se tornar mais fácil (acho eu que será mais fácil), vou recorrer a uma analogia já várias vezes utilizada pelas minhas filhas, depois de ouvirem uma das histórias da Bruxa Mimi (da autoria de Korky Paul e Valerie Thomas). Segundo elas, eu sou a Bruxa Mimi e o pai é o gato da Mimi, o Rogério. A mais velha é a vassoura da Mimi, a do meio é a varinha mágica e o irmão é o livro de feitiços.
Assim, vou apresentar-vos a nossa família, com os nossos nomes originais, que irei utilizar:
Mãe: Bruxa Mimi, ou só Mimi, 39 anos (durante mais uns dias);
Pai: Gato Rogério, ou só Rogério, 44 anos;
Vassoura Voadora, ou só Vassoura, 6 anos;
Varinha Mágica, ou só Varinha, 4 anos;
Livro dos Feitiços, ou só Feitiço, 3 anos.
Desculpem isto ser fora do normal, mas se seguirem o blogue rapidamente se habituarão a estes nomes.
Ontem disse ao meu marido que tinha criado um blogue. A reação inicial foi: "Para quê? Não te chega o facebook?"
Boa pergunta, sem dúvida! Acontece que vou passar a partilhar mais por aqui. No facebook continuarei a partilhar o que por lá vou encontrando, mas tudo o que for meu, sobre mim, ou sobre quem me rodeia... contarei aqui. Este será o meu cantinho.
Noutro post direi outras razões que me levaram a criar um blogue, mas, honestamente, a principal foi: "porque me apeteceu"!
A minha filha mais velha viu a tartaruga-castelo, identificou-a como sendo obra do irmão e perguntou: "O que é que isso está a fazer no teu computador?" Não cheguei a responder. Mais tarde informá-la-ei.
A minha mãe foi a primeira a saber da criação do blogue e por sua sugestão alterei o nome para a versão atual. Acho que gostou da ideia.
A minha mãe informou o meu pai e a minha irmã mais velha. Reações positivas.
Andei a reparar no que escrevi e reparei (cá está outra!) que devo dar impressão de ter um vocabulário muito reduzido, pois repito as expressões e até os verbos (ver linha acima), como se não conhecesse outros. Mas conheço! A sério!...
Se prosseguir com o blogue, como de momento tenciono, de certeza que farei, em algum momento, as devidas apresentações, mas para já deixo-me ficar assim, no anonimato. Aliás, o blogue ainda está na esfera privada - não consta da lista dos blogues nem pode ser encontrado por pesquisa. No fundo, ainda é um bebé-blogue. E toda a gente sabe, embora poucos admitam, que um bebé interessa sobretudo à sua mãe (e, vá lá, ao pai). Os manos, se existirem, terão alguma curiosidade e tal, mas não terão paciência para dedicar horas ao recém-nascido, como a mãe faz. Os avós quererão encontrar parecenças com os restantes membros da família (de preferência do "lado" deles), mas de resto...
Para já, fica esta informação (e não é assim tão pouca): sou casada, com três filhos, este mês entrarei nos "entas" e, embora seja professora por vocação, estou pelo segundo ano consecutivo sem estar no ativo.