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Alheia a tudo... ou talvez não!

Blogue da Bruxa Mimi. Marido: Gato Rogério. Filhos: "Vassoura", "Varinha", "Feitiço" e "Magia" (17, 16, 14 e 7 anos).

31.05.13

Malas para fazer


Bruxa Mimi
Nada de mais: só eu e o Feitiço é que vamos passar fora o fim de semana. Vamos à Primeira Comunhão da minha sobrinha e afilhada mais nova (é a mais nova das que acumula os dois postos, mas não é a sobrinha mais nova).

Vai ser uma viagem de comboio, de algumas horas. Espero que corra bem - depois vos direi! :-)
30.05.13

Uma aventura no Natal (passado)


Bruxa Mimi
Era o dia 25 de dezembro. A Família possível estava reunida na casa do melhor cozinheiro da família (e não só), num almoço saboroso. As crianças, que já tinham almoçado, estavam a ver um filme, exceto o mais novo dos primos, o Feitiço, que estava a dormir a sesta no quarto dos tios, não numa cama de viagem, como noutros anos, mas na cama deles (já lá dormira anteriormente sem qualquer incidente).
No fim do almoço, ouvimos o Feitiço a chamar e a mãe (a vossa Bruxa Mimi) dirigiu-se ao quarto para ir buscar o seu rebento... mas não conseguiu abrir a porta. Pensando ser uma dificuldade só sua, pediu ajuda. Rapidamente se concluiu que não era fraqueza da mãe (impossível, aliás, depois do magnífico almoço) - o Feitiço tinha tentado abrir a porta e mexera na chave, trancando-se. Fantástico, não?
Houve algumas sugestões de como resolver o problema, mas não pareciam resultar. A primeira foi a de dizer ao Feitiço para rodar a chave para o outro lado. Ele recusou. Depois, lá mexeu na chave, mas não deu em nada.
A outra sugestão foi a de fazer passar a chave por baixo da porta, mas a dona da casa, minha querida irmã, garantia que a chave não passaria, por ser muito grande.
Entretanto, o Feitiço manteve-se calmo o tempo todo, respondendo ao que lhe era perguntado. Depois, o pai (vocês sabem quem é - o Gato Rogério) fez passar uma folha de revista por baixo da porta e pediu ao Feitiço que colocasse a chave no papel, o que ele fez. Com um arame e muito jeito (estilo herói, aos olhos da mãe da criança), o pai fez a chave passar por baixo da porta. Vitória!
Porta aberta, encontrámos o Feitiço tranquilo e contente por termos conseguido, mas não só: a luz estava acesa, o Feitiço tinha despido o "saco de dormir", que não tem pernas, e tinha calçado as botas para ir para o chão, mas antes ainda se tinha entretido a desarrumar tudo o que os tios tinham nas mesas de cabeceira.*
O principal, nisto tudo, é que o final foi como se esperava, nesta quadra: FELIZ!

*Desde esse dia, nas vezes em que o Feitiço dormiu a sesta em casa destes tios, eles tiveram o cuidado de retirar as gavetas das mesas de cabeceira do sítio e ocultá-las da vista da criança... sem se esquecerem, claro, de retirar também a chave da porta!
29.05.13

Globos de Ouro


Bruxa Mimi
Estive a ver fotografias e comentários aos vestidos usados pelas convidadas nos Globos de Ouro, no blogue  A Pipoca Mais Doce.

Se escrevo este post é para salientar o óbvio: não só não seria capaz de comentar os vestidos, penteados e acessórios da maneira até engraçada com que ela o faz (quer dizer, eu comentar até comentava: "Gosto", "Não gosto", "Detesto"..., mas não me sinto ou considero minimamente habilitada para o fazer), como não tenho o mínimo interesse em fazê-lo. Aliás, eu não vi os Globos de Ouro este ano, nem em 2012, 11, 10, 9, etc. Passam-me ao lado!
29.05.13

Balanço da segunda estadia do Filhote Pato


Bruxa Mimi
Ontem à noite, já depois de a Vassoura, a Varinha e o Feitiço estarem na cama, o Filhote Pato foi-se embora. Esta manhã, ao acordarem, as três crianças perguntaram por ele, apesar de se terem despedido na véspera. Deixas saudades, Filhote! O que nos vale é o Skype (mas não é, como bem sabemos, a mesma coisa)...

Após duas semanas, é tempo de balanço!

Pontos positivos (tantos que provavelmente me esquecerei de alguns):
A) companhia adulta quase a 100% (a percentagem em falta aconteceu nas primeiras horas depois de eu acordar, em cada dia);
B) muitas conversas agradáveis, profundas, intimistas (daquelas meeeesmo boas!);
C) regresso ao passado com papas maizena feitas pelo Filhote;
D) pudim de morango (bom para mim e para todos, menos para a Vassoura, que nem do cheiro gosta);
E) conselhos úteis sobre lides domésticas;
F) limpezas extraordinárias (como por exemplo da máquina de lavar roupa) e curiosamente divertidas;
G) ida ao cinema com o Gato Rogério, deixando filhos na cama e Filhote a tomar conta;
H) meias "cor de pele", para usar com sapatos com abertura em vez de meias horrorosamente claras (sabia que não eram boa opção, mas não me ocorrera arranjar outras - leia-se: "não me apetecera ter o trabalho de arranjar outras"...);
I) conselhos úteis sobre alimentação e saúde;
J) arrumação da minha secretária;
K) arrumação da escrivaninha onde a Vassoura faz os trabalhos de casa;
L) sessões de karaoke com companhia;
M) experiência de olhos pintados (interessante, mas não maravilhosa);
N) muitas, muitas gargalhadas;
O) aquisição de uma faca de serrilha muito boa;
P) muitos chocolatinhos comidos (se calhar este ponto está mal classificado...);
Z) pontos restantes, que acrescentarei à medida que deles me lembrar.

Pontos negativos:
a) noites curtas (ver ponto seguinte);
b) cansaço auto-infligido por ter dificuldade em parar de conversar com o Filhote (são tão maravilhosas, as nossas conversas!);
c) a não-participação do Filhote Pato num atelier Jumpingclay;
d) ter deixado o Filhote trancado em casa, na situação referida no ponto G) e contada aqui;
e) a segunda papa referida em C), tão boa como a primeira, deixou-me, inexplicavelmente, com uma indisposição passados 5 minutos de ter acabado de comer. Desconfio que foi por a ter comido em vez do jantar e o meu organismo não ter gostado da alteração de hábitos...
29.05.13

Desafio "Berra-me baixo" #5


Bruxa Mimi
Esta quarta semana decorreu razoavelmente bem. Não gritei desalmada e descontroladamente, como noutros tempos (não tão distantes assim...).

No entanto, tenho plena consciência que o hábito de berrar (ainda) não está desenraizado da minha maneira de agir, porque frequentemente elevei a voz, em frases curtas, ditas num instante (para me aperceber e logo a seguir baixar o tom). Esta reação (quase sempre a que vem à tona) é a prova mais do que evidente que ainda tenho um longo caminho a percorrer. Mas tenciono permanecer on track e isso é importante.
28.05.13

Primeiro e possivelmente último post sobre futebol


Bruxa Mimi
Há 40 anos fui dada à luz e por lá me mantive até hoje.

Como futebol não é propriamente coisa que me tire o sono, nem horas de lazer (ver jogos na televisão é atividade a que não me dedico, exceto quando joga a Seleção em jogos importantes, e mesmo esses nem sempre), não posso dizer que os últimos resultados do Benfica me tenham deitado abaixo, mas há um cantinho dentro de mim que se entristece com eles, tal como se alegra quando são gloriosos.

E pronto, assim acaba este post sobre futebol.

Não! Tenho algo a acrescentar!

Em 1996, no verão, em Glasgow (Escócia), assisti a um jogo amigável entre o Celtic e o Sporting, no estádio do Celtic. Fui com um grupo de portugueses (alguns dos quais sportinguistas, outros portistas e outros benfiquistas como eu) e alguns escoceses amigos. Éramos uns 30. O estádio estava cheio. Os apoiantes do Celtic eram (provavelmente ainda são) uns fãs a sério - mesmo num jogo a feijões não deixavam de estar presentes!

Na altura, havia um jogador português a jogar no Celtic. Era o Jorge Cadete (que, se não me falha a memória dos meus parcos conhecimentos acerca de futebol, tinha sido jogador do Sporting).

Os adeptos do Celtic tinham uma canção acerca do Jorge Cadete. A música era a da canção natalícia "Winter Wonderland" e a letra era a que se segue:

"There's only one / Jorge Cadete / He puts the ball / into the net / He scores with ease / because he's Portuguese / walking* in the Celtic Wonderland"

Durante o jogo, os adeptos do Celtic entoavam cânticos de apoio ao seu clube, num ruído que obviamente abafava qualquer gritaria que nós fizéssemos. Também cantavam a música do Cadete e nós, que a sabíamos graças aos nossos amigos escoceses, também a cantávamos. E gritávamos por Portugal e pelo Sporting (sim, eu gritei pelo Sporting nessa altura).

A certa altura, os escoceses aperceberam-se que havia um grupinho de pessoas a apoiar o Sporting (não contavam que houvesse) e CALARAM-SE para nos ouvirem. Foi fantástico! Um fair-play (ou melhor, um "fair-support", já que eram adeptos e não jogadores!) impecável e inesquecível.

Resultado do jogo: empate a duas bolas, tendo um dos golos do Celtic sido marcado pelo Jorge Cadete. Melhor era impossível (não queríamos que os nossos amigos escoceses ficassem tristes por ver o seu adorado Celtic perder, por isso ainda bem que houve empate)!

Adorei a experiência. Mesmo! E, sinceramente, acho que não teria gostado mais se tivesse sido o Benfica a jogar em vez do Sporting. Fora do nosso país, ou cá dentro, mas numa competição internacional, desejo sempre que a equipa portuguesa ganhe, seja ela qual for. Neste caso não ganhou, mas era um jogo amigável, o resultado não era assim tão importante, e o jogo foi excelente. Uma experiência única (única também porque nunca mais deverei assistir a um jogo de futebol ao vivo...)

*talvez fosse "playing" em vez de "walking" - faria mais sentido...
26.05.13

Quem tem maminhas grandes?


Bruxa Mimi
Depois de cantar as canções da praxe, ao deitar o Feitiço para a sesta, ouvi esta pérola:

Feitiço: A mamã tem as maminhas grandes. A Vassoura e a Varinha não têm maminhas grandes. O Feitiço e o "Filhote Pato" [utilizou o nome real] também não têm maminhas grandes.

Eu (que sei que a minha copa de soutiens não tem o alcance das copas dos soutiens do Filhote Pato): Quem é que tem maminhas grandes??

Feitiço: A mamã, o "Filhote Pato" e o Papá. As meninas e os meninos não têm maminhas grandes. Os crescidos não têm maminhas grandes.

A conversa continuou, mas entretanto (passaram umas horas desde que comecei a escrever o post!) já me esqueci do resto...
23.05.13

Feitiço médico e pai


Bruxa Mimi
Anteontem, o Filhote Pato andou com a Vassoura e a Varinha às cavalitas, ao mesmo tempo! É muito forte! Mas ontem, sem saber porquê, acordou com uma grande dor nas costas...

Para se sentir melhor, o Filhote Pato deitou-se de lado no sofá, com as pernas contra o peito, para alongar a zona das costas que estava dorida.

Nessa altura, surgiu o Dr. Feitiço: sabendo o que se passava, auscultou o paciente (chamando-lhe cãozinho - isto porque o Filhote Pato andou a ladrar durante a manhã, numa crise de identidade animal) e deu-lhe várias injeções e um remédio oral (com biberão).

A seguir, foi-se embora o Dr. Feitiço, dando lugar ao Pai Feitiço. Pai extremoso, foi buscar um livro e, sentado com uma perna cruzada sobre a outra, pôs-se a lê-lo em voz alta ao seu Filhote doentinho.

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