Antes de casar eu morava sozinha, numa "alegre casinha, tão modesta como eu." Era "bom morar num rés do primeiro andar a contar vindo" da terra! [isto é, uma cave!]
Serviu este início quase musical para dizer que essa casa está vazia, à espera de ser vendida (temos compradores, mas as burocracias têm destas demoras).
Qual não foi o meu espanto, no sonho, ao chegar a minha casa e encontrá-la mobilada com os móveis de um dos meus irmãos. O rapaz, que é um ano e pouco mais velho do que eu, tinha tido que sair da casa dele e tinha simplesmente ocupado a minha casa, sem ai nem ui (não sei como conseguiu a chave!). Ainda por cima, eu tinha a escritura marcada para dali a uns dias.
Como se resolveu a situação, não sei, que o sonho acabou ali, no encontro e primeiras palavras de surpresa.
No outro dia (de noite!) sonhei que chegava à "minha" sala de aula e ela estava de pantanas. Além disso, faltava-me uma estante branca que os meus pais me deram (aquilo que já não serve a uns, serve a outros, especialmente quando os outros são professores do 1º Ciclo do Ensino Básico e têm muita coisa para ocupar espaço)!
Se calhar este sonho surgiu porque eu luto constantemente por uma sala organizada e arrumada, mas ela nunca está como eu gostaria! Sou uma perfecionista com dificuldade em aceitar as suas limitações.
... ou pelo menos esta mãe que vos escreve sem sempre identifica! Este caricato mini-diálogo passou-se há algumas noites, entre mim e o Rogério, quando as crianças estavam nos quartos, já em silêncio (e muito provavelmente a dormir):
[choro/gemido/whatever!] Eu: Era o Feitiço a chamar? Rogério: Não, era uma ovelha* aqui no computador!
Ri-me da confusão que fiz, mas fiquei também a pensar que ando a perder capacidades!
*O Rogério não joga Farmville, mas joga outro jogo onde há ovelhas (e mil outras coisas!) e o som veio de lá.
Há dias (no fim de semana passado, acho), de manhã, a Varinha virou-se para mim e disse:
- Mamã, não rezámos! Eu: Eu e o papá rezámos. Varinha: Mas devíamos rezar todos juntos...
É que em família, até ao dia de hoje, só rezamos nas tardes de fim de semana e nas noites todas. Falta-nos obviamente a oração da manhã - e a Varinha deu por isso!
"ser família de Caná é ter como convidado diário Jesus. Jesus na refeição, Jesus nos momentos de alegria, nas palavras mais azedas com as crianças e marido, etc.. Jesus foi convidado por uma família em Caná e hoje nós também o convidamos para nossa casa. Como todos os convidados, há momentos em que conversamos mais e outros menos, mas todos os dias o fazemos."
Vou tentar recordar que tenho este Convidado ali, quando falo, quando ajo...
E na sequência da parte final do post anterior, aqui me confesso: estou tipo barata tonta a percorrer blogues a ver se encontro novos posts, para não me dedicar a trabalho que está pendente.
Mas entretanto reparei que o Rogério colocou o missal a jeito, no Canto de Oração, pelo que em breve ocuparei o meu tempo de outra maneira (melhor, acho eu)!
Encontrei este post num blogue que visito de vez em quando. Não é da autoria da blogger, é de um padre que ela conhece, e foi escrito em maio de 2000*. Mas leiam e digam-me se não é (tantas vezes) atual...
*Ele deve ter referido escudos, pois duvido que usasse a moeda futura (o euro começou a ser a moeda principal em março de 2002, embora já circulasse um tempo antes) para passar a mensagem.
A propósito dos posts (primeiro e segundo) sobre sermos ou não uma Família de Caná, o Rogério deu o seu parecer, enriquecendo este blogue com um comentário (é a segunda vez, talvez terceira, que o faz, por isso há que dar o devido valor!):
Querida Mimi, Eu até achei bem, e simpático, que a Teresa tenha posto lá o link para o teu blog. Acho que nós temos feito um esforço para pôr em prática o que aprendemos com as Famílias de Caná. É certo que ainda nos falta muito, mas parece-me que o título do post é um pouco injusto para a Teresa. Beijinhos, Gato Rogério
Há pouco disse-me também que o meu post número dois não estava totalmente correto. Aí apanhou-me de surpresa: eu escrevi tentando ser o mais verdadeira possível - onde fora que me enganara?
Pois não era que ele tinha razão? No único ponto onde eu disse que já cumpríamos (o 3), o Rogério lembrou que nós, em família, continuamos a rezar num dos quartos das crianças (quase sempre o delas) durante a semana, à noite. E realmente o ponto três diz que as Famílias de Caná têm um Canto de Oração e é nele que rezam todos os dias.
Todos juntos, só ao fim de semana rezamos junto ao Canto de Oração. O Rogério e eu é que rezamos o terço (quando rezamos, que tem sido quase todos os dias) sempre lá.