É só para dizer que ainda não voei para outras paragens, como as andorinhas... A disponibilidade e a inspiração para escrever é que têm sido mais reduzidas! Apesar da inspiração andar reduzida, assuntos para tema não faltam. Até já tenho ideias para títulos: - How I met your father (história em vários capítulos, a ser publicada - talvez - lá para o verão de 2016) - Sonhos (vários que tive e que ainda não contei) - ... (afinal não são assim tantos temas, o primeiro é que dará uma trabalheira e vale por muitos!)
Anteontem, assim do nada, lembrei-me da história da rainha Ester, ou melhor, lembrei-me de uma parte específica: de quando ela vai à presença do marido, o rei Assuero (garanto que não sei como é que me lembro do nome dele - entretanto terei de o confirmar, claro, que não quero estar a dar informações erradas podendo evitá-las), sem ele a ter chamado. A rainha arriscava a vida ao fazer isso, e por isso preparou-se exterior e interiormente. Ela não ia por um capricho (como se deve calcular), ia à presença do rei para interceder pelo seu povo (o povo judeu), que ele, enganado por um conselheiro mentiroso (e sem saber que a rainha pertencia a esse povo), condenara à morte. Quando escrevi "assim do nada", é verdade que me veio a história à cabeça sem a ter lido há pouco tempo, mas a razão inconsciente não é assim tão "do nada". É que se aproximava a data da reunião com os pais e encarregados de educação e eu fico sempre (mas sempre mesmo!) tão nervosa que me sentia pequenina, pequenina, e a - passe o exagero - arriscar a vida (fisicamente, nunca me senti em perigo, mas moralmente já "morri" algumas vezes)... A reunião foi hoje. Tal como a rainha Ester, sobrevivi. Resta saber se o meu povo (a minha turma) vai sobreviver como o povo de Ester (neste caso, a mais um ano comigo)! Podem ler a história completa da rainha Ester no "Livro de Ester". O episódio de que vos falei, ou seja, a parte em que Ester vai à presença de Assuero sem ser chamada, temendo pela vida, encontra-se em Est 4, 7 - 5, 3 ou em Est 15 (capítulo inteiro).
Hoje almocei com a minha melhor amiga. Ao jantar, em casa, comentei esse facto e disse onde fomos e o que comemos. A minha comadre (sou madrinha do seu primogénito e ela é madrinha da Varinha) pediu uma pizza sem queijo e eu uma pizza sem orégãos. Uma das meninas perguntou o que eram orégãos. O Rogério disse que era um vegetal. Foi então que surgiu o conselho da Varinha. - Não se deve despejar um vegetal, porque faz bem à saúde. Eu: Disseste "despejar"? Varinha: Sim. Eu: Acho que querias dizer "desprezar"... Varinha [um bocado com um ar de "tanto faz"]: Sim. Despejar ou desprezar... dispenso orégãos na minha comida!
"Yes, four children is a handful. It is also highly inconvenient and expensive. You can’t squash four children across the back seat of a car -- an ugly seven-seater is required; you can never, never find the correct PE kit; the bill after the simplest lunch at Nando’s or a burger chain makes me weep; and trying to physically coral this number of offspring out of the house on any given morning requires the skill of an air traffic controller.
But my wife and I are not a mustard pot short of the full cruet set. We are, in fact, pretty happy. Very happy? We probably are."
"My only serious theory as to why large families may be happier is because instances of selfishness should be lower. Me, me, me can not flourish in such a crowded environment. Sharing is a daily activity you just have to get used to."
Estes são dois excertos de um texto escrito por um pai de quatro. Encontrei o link (que podem encontrar em baixo) a partir do blogue Família em Movimento (que visitei hoje pela primeira vez e gostei bastante).
... vamos para a escola preparar a sala de aula. É a realidade com que tenho de lidar neste momento. Talvez não devesse ser, mas, se é esta a realidade, não há de ser em vão... A última vez em que o Ministério da Educação meteu os pés pelas mãos em matéria de colocações, afetando o meu início de ano letivo (porque eles metem os pés pelas mãos todos os anos, mas vão variando as pessoas afetadas)... surgiu a oportunidade de conhecer o Rogério. Da forma como foi, a oportunidade não teria surgido sem a confusão e demora causada pela incompetência do ME. Quando se diz que Deus do mal pode tirar o bem e que não há coincidências... é verdade! :-)
É isto que se pode ler na minha breve descrição, do lado direito do blogue:
"Mãe, professora, com uma excelente memória (seletiva) e um elevado, porém subtil, sentido de humor (nos dias bons!)..."
A minha memória já não é apenas seletiva, é também tudo menos excelente!
Ao falar com uma amiga comentei que nunca fomos colegas de turma no secundário. Porque, dizia eu, convicta, no 10º ano eu estava noutra escola e, no 11º, quando fui para a escola dela, não fomos colegas porque ela tinha chumbado no 10º! Tinha sido uma ex-colega dela e minha colega no 11º (aqui conhecida por Filhote Pato) a apresentar-nos. "Ficámos amigas mas colegas propriamente nunca fomos", dizia eu. A esta teoria a minha amiga respondeu: "Já não bebes mais, Mimi!" [salvaguardo que era só uma expressão!]. "Eu não chumbei.", acrescentou.
Ainda me custa a acreditar a partida que o meu cérebro me pregou, mas tenho de prescindir desta falsa memória. Não só a minha amiga SABE melhor do que eu se chumbou ou não, como @ Filhote Pato confirma a sua versão.
Não há dúvidas. Excelente memória, o tanas! (Perdoem-me a deselegância.)
Tive este sonho há algumas noites, mas acho que ele traduz alguma coisa mal resolvida, porque já o tinha tido (ou um muito, muito, parecido) há meses (talvez anos).
Antes de contar o sonho, informo, para contextualizar, que eu andei num colégio interno.
No sonho, eu e a minha irmã Matilde, que também andou no tal colégio, éramos adultas há pouco tempo. Fomos para o colégio e ficámos lá a dormir, mas não estávamos na mesma camarata. No "dia seguinte", no corredor das aulas, eu não sabia a que turma pertencia e andava à procura. Depois tenho uma aula qualquer. Sinto-me permanentemente desajustada. Vejo pouco ou nada a minha irmã.
Passam umas semanas e vamos a casa (interrupção letiva). Na altura de regressar ao colégio, a Matilde diz-me que já não vai voltar. Eu pergunto:
- Então e as tuas coisas (roupas, livros...)?
Matilde: Ah, eu trouxe tudo para casa porque já tinha decidido que não ia voltar!
Eu: Podias ter-me avisado, não achas?
Matilde: ...
Eu: As tuas colegas de turma vão sentir a tua falta...
Matilde: Não, eu não cheguei a fazer parte de nenhuma turma!
Eu: E agora o que é que eu faço? Eu também não quero voltar ao colégio, mas não trouxe nada... Bem, como também não paguei mensalidade nenhuma, "fica ela por ela", era uma grande lata ir lá buscar as coisas!
A amnésia seletiva tem a ver com o facto de eu há imenso tempo não me lembrar desta curta oração nenhuma vez ao dia (lembrei-me quando acordei durante esta noite). E daquela frase que já várias vezes aqui referi "Tu queres, Jesus? Então eu também quero!" também não me tenho lembrado (lembrei-me momentaneamente quando escrevi o post sobre a T., apenas).
A adjetivação "estúpida" tem a ver com o facto de andar numa fase turbulenta, sobretudo (mas não só) interiormente, muito por causa da questão da colocação profissional que já deveria ter ocorrido após o deferimento do recurso hierárquico e, ao não me lembrar daquelas curtas orações, estar a vivê-la muito mais negativamente do que seria possível.
É como ter sede, ter o copo de água acessível... e não beber a água. Estúpido, certo?