Para os testes dos miúdos e jovens que há por aí. Deve haver muita gente a tê-los esta semana... Pior (ou não) será, a seguir, para os professores (pelo menos os que são como eu)... É a malfadada correção!
Feitiço na cama, esta noite. Eu: O que é que queres que eu cante? [De entre o habitual: "Vitinho" ou "Sapo à beira do mar" - versão cantada por moiaqui] Feitiço: O "Aleluia". Admirada, cantei. Quando terminei... Feitiço: Eu estava a brincar! Eu: Agora já cantei, está cantado. Amanhã pensa melhor antes de responderes...
Estava aqui a pensar que ando sem inspiração para escrever, quando o último post me fez pensar que o Feitiço já sabe muito sobre a dualidade do nosso ser: corpo e alma. A alma vai para o Céu e o corpo degrada-se até ficarmos com os ossos à vista (salvo seja, que somos enterrados e afins). O miúdo percebe disto! :-)
Eu: Feitiço, sabes o que é que te acontece se ficares muitos dias sem comer? Feitiço: Sei. Morro. Eu: E sabes o que é morrer? Feitiço: É ir para o Céu e ficar com os ossos à mostra.
... a Vassoura terá os anos que no cabeçalho (já) diz que tem. Vou estar em preparativos (leia-se arrumações, culinária - pouca -, etc.) e precisarei de ter o computador desligado e o sítio onde ele agora está desimpedido. Adeus, até ao meu regresso! :-)
Na terça-feira à noite, ao olhar para o lavatório da cozinha, encontrei isto:
Não seria nada de especial se nós comprássemos e comêssemos disto em casa. Calculei (e depois confirmei) que o Rogério tivesse comido ao almoço, e que as tivesse trazido para dar ao Feitiço, que ainda continua a brincar com as conchas que apanhou na praia durante o verão.
Fiquei comovida com este mimo paternal do Rogério. Acho, aliás, que não foi a primeira vez que ele trouxe conchas do almoço com este destino. Não vi nem perguntei ao Rogério qual foi a reação do Feitiço à oferta, mas imagino que tenha ficado surpreendido e muito contente.
Fiquei depois a pensar como o Pai também me (nos) presenteia com mimos inesperados e como a minha tendência é não dar valor a esses mimos. Mas facilmente (com demasiada facilidade, aliás) caio na postura de reparar no que Ele não me dá.
Como mãe, nunca me passou pela cabeça fazer tudo o que os meus filhos quisessem ou dar-lhes tudo o que pedissem - e isto porque tenho em vista o seu bem e consigo muitas vezes ver para além do que eles veem, ou seja, as consequências negativas de tal ou tal ato que nego ou não permito. Agora, como filha de um Pai infinitamente mais sábio do que eu, que vê infinitamente "mais à frente", acho que eu, filha, é que sei o que é bom, o que devia acontecer...
A frase do título, por mais antiga que seja, deve ter sido escrita/proferida a pensar em mim, ou, vá lá, em pessoas como eu, que, à mínima contrariedade, perdem o sorriso (chegou a estar lá?), ficam de trombas e refilam a torto e a direito. E isso é um sinal de contradição. Um cristão vive na alegria. A-le-gri-a! E quem me tem visto ultimamente, o que tem visto? Uma infeliz, amargurada, refilona, sempre a referir a(s) injustiça(s) de que é vítima. Já chega! Então, a propósito disto, decidi parar de refilar*, pôr um sorriso (dura três segundos, mas se for reativado a cada quatro segundos, o resultado não é muito mau) e continuar a dar o meu melhor na situação em que estou. O problema é que - e isto não é para sair daqui! - acho que o meu melhor não está a ser suficiente para o nível que eu gostaria. Ando meio à deriva profissionalmente - são muitas solicitações e eu sinto não conseguir responder a todas! Não é de agora, já venho a sentir isto há algum tempo, e essa foi uma das razões para ter concorrido para mudar de vida (continuando a ser professora).
*Não quer dizer desistir de mudar... mas ser mais silenciosa e pacífica nas tentativas!
Atualmente temos cá em casa dois grandes produtores de cera: a Vassoura e o Rogério. Ontem e hoje pus-lhes um produto que ajuda a remover a cera dos ouvidos. A propósito disso, dizia o Feitiço antes de se ir deitar: - O papá também é um grande produçor de cera. Eu sou um produçorde ranho*! *E é mesmo um grande produtor...