É popularmente sabido que não se deve "pôr a carroça à frente dos bois" ou "deitar os foguetes antes da festa", não é?
Eu ontem não levei a sabedoria popular em conta e fiz [quase*] a mesma figura que os franceses que puseram a circular um autocarro com dizeres de campeões antes do resultado final do Campeonato Europeu de Futebol no ano passado [para quem esteve em coma durante mais de um ano e acordou agora, informo que foi a Seleção Portuguesa que ganhou]...
Concretamente, eu escrevi um post a comemorar um mês de sucesso na Missão Sequinho 2017 e agendei-o para dia 23 de julho. Escrevi-o com 5 dias de antecedência. Tinha 26 dias consecutivos de cama seca do meu lado e achei que não estava a arriscar muito!...
Enganei-me. O Feitiço esta noite fez xixi na cama. O pior: acordou [e acordou-me] com um pesadelo às três e tal da manhã, e eu disse-lhe para ir à casa de banho. Não fez caso da minha recomendação e eu não o obriguei [parva!].
Não foi um lago, como noutros tempos. Mas não foi a secura desejada.
[*Tenho direito ao "quase" porque não publiquei o post. Se os franceses tivessem preparado o autocarro (obviamente não era no fim da final que iriam fazer isso, caso a França ganhasse) mas não o tivessem posto a circular, não teriam passado pela "vergonha" que passaram.]
Como contei no post anterior, esta semana durante o dia estou apenas com a Magia em casa.
Sabe bem, mas o que eu queria mesmo era saber o que são as saudades dos filhos, aquelas de que tantas pessoas falam em textos bonitos que enchem a blogosfera e as redes sociais. E não é só pela Internet que tomo conhecimento das saudades de outras mães.
Tenho hoje em casa a Nina (nome fictício da minha empregada ou mulher-a-dias, como preferirem). A Nina é de um país do leste da Europa. A Nina vai passar férias no seu país de origem. A Nina tem um filho de 9 anos, que já foi de férias (com os tios). A Nina disse-me, já na semana passada, que a primeira semana lhe soubera bem estar sem o filho, mas que a partir da segunda lhe estava a custar muito chegar a casa e haver tanto silêncio.
Eu agora tenho uma bebé e sei que não a posso "despachar" para casa de alguém (nem quero!, acrescento, antes que chamem a Proteção de Menores para investigar o attachment que existe entre mim e a Magia), mas já sou mãe há mais de dez anos, nem sempre tive bebés em casa, e nunca experimentei ter saudades dos meus filhos!
Não sou apologista daquela ideia: "Há que experimentar tudo pelo menos uma vez na vida", mas esta experiência, sim, eu gostava muito de ter!
Esta semana, a Vassoura, a Varinha e o Feitiço estão fora de casa de manhã e de tarde, num espaço já bem conhecido, a fazer atividades variadas (modelagem com JumpingClay, culinária, costura, recorte e colagem, jogos,...).
Eles divertem-se e eu aprecio o sossego de estar só com a Magia!
Estive indecisa se havia de incluir este nos guilty pleasures, pois não é propriamente um prazer, atendendo a que dói um bocado, mas decidi-me pela inclusão devido à natureza "oculta" do ato (e a um certo nível de irresistibilidade do mesmo).
Deixei-vos quatro opções em aberto, quanto ao que fiz quando soube que o rapaz por quem sentia alguma coisa e uma colega de quem muito gostava [e gosto!] tinham começado a namorar, perto do fim do primeiro ano do curso. Caso não se lembrem, as opções eram:
1) Falar com ela - afinal de contas, era já uma grande amiga;
2) Falar com ele - afinal de contas, era dele que tinha gostado ;
3) Falar com os dois;
4) Não falar com nenhum.
Pois bem, não falar com nenhum estava fora de questão. Eu precisava de falar, e sem demora, para evitar que alguma boca foleira criasse mau estar entre mim e aqueles dois amigos. Mas com quem?
Podia ser só com ela. Chegava ao pé dela e dizia-lhe: "Olha, X, eu estava interessada no Y, mas agora que vocês namoram e até acho que fazem um bom par, já não estou interessada e desejo-vos boa sorte." Humm, não me pareceu boa ideia. Iria ela contar-lhe, ou não? Eu não saberia como me comportar ao pé dele, a partir de então, se só falasse com ela.
Podia ser só com ele. Chegava ao pé dele e dizia-lhe: "Olha, Y, eu estava interessada em ti, nada de muito intenso, não te preocupes, mas agora tu namoras com a X. Vocês ficam bem juntos. Boa sorte." Humm, não me pareceu boa ideia. Iria ele contar-lhe, ou não? Eu não saberia como me comportar ao pé dela, a partir de então, se só falasse com ele. Ela poderia pensar que eu tinha uma intenção oculta qualquer, e por isso não falara com ela. Seria uma hipótese legítima, ainda que não correspondesse à realidade.
Não demorei muito a decidir que falaria com os dois ao mesmo tempo. E assim sucedeu. Como decorreu a conversa é assunto para o próximo episódio...
Hoje faz 43 anos uma amiga e colega de curso de quem tenho saudades, pois não nos vemos há mais tempo do que (ambas) gostaria(íamos). Desde a última vez que nos vimos, ela teve mais um filho e eu mais uma filha!
Parabéns, A.C.!
P.S. - Aproveitei uma fotografia antiga de um bolo de aniversário que fiz para um dos miúdos (a Vassoura, creio).