Não vou dizer que parece que foi ontem, porque não parece: não estou com dores por causa dos pontos, os mamilos não têm ferida, ela já sabe mamar sem me magoar, estamos em casa, ela já dorme várias horas seguidas de noite, já come sopa e papa (desde hoje), já se ri imenso, já palra muito, já..., já...
Mas não deixa de ser estranho já terem passado cinco meses. Porque parece que foi pouco antes de anteontem!
Ontem eu e o Rogério fomos à celebração de matrimónio da filha mais velha dos padrinhos da Magia. Fomos só à cerimónia, que é a parte mais importante e da qual somos, como todos os que estavam presentes, testemunhas.
Já fui a bastantes (mais do que dez, mas menos do que cem) celebrações de casamento, sem ter sido convidada para a segunda parte, o copo de água. Não me faz qualquer confusão, nem me sinto ofendida por só estar na celebração. Gosto de ir à parte dos comes, bebes e danças? Gosto. Preciso de ir a essa parte para me dignar a estar presente na primeira? Não.
Não vou às cerimónias só por ir. Vou porque um dos noivos, ou os dois, me diz(em) alguma coisa, porque tenho gosto em estar presente num momento tão importante da sua(s) vida(s) e porque acredito que terá(ão) gosto na minha presença, mesmo não tendo podido convidar-me para o pacote completo.
Vantagens:
Não indo ao copo de água, não acarreto despesa para os noivos; logo, também estou à vontade quanto a não dar prenda de casamento e, apesar de tentar ir minimamente "arranjadinha", não tenho o mesmo nível de preocupação com o visual do que quando vou a 100% da festa.
Principal desvantagem:
Ter muito pouco tempo para falar com os outros convidados que conheço. Ou vão à segunda parte da festa, ou, assim que acaba a primeira, vão-se embora!
Ideia:
Antes do casamento, descobrir quem é que, tal como eu, só vai à primeira parte e combinar algo a seguir: um lanche, um jantar, uma conversa prolongada, ...
... a madrinha da Varinha (e minha melhor amiga desde os bancos da escola*) veio almoçar cá a casa. Como sempre, soube a pouco e, como sempre, foi ótimo, apesar disso!
*Usávamos cadeiras, mas que importa? Não se desperdiça uma expressão clássica por dá cá aquela palha (outra expressão de categoria - isto hoje está imparável!)!
E por falar em expressões clássicas, veio-me à memória esta fala de uma personagem de um clássico da literatura portuguesa:
Retiro-me, que sou prudente. Mas o mundo o saberá, o mundo o saberá!
Alguém identifica a obra? E a personagem, já agora?
Se tinhas ficado com a impressão que eu deixei passar o dia sem escrever um post dedicado a este importante acontecimento, estavas muito enganada certa... Shame on me!
Claro que não escrever aqui não é o mesmo que deixar passar o dia sem te dar os parabéns, pelo que não tenho de me sentir muito mal, não é?
Assim termina a Desconhecida o seu post sobre as primeiras semanas na universidade. Em alguns comentários, outras pessoas afirmam também que não percebem por que razão se fala mal das praxes (ou de alguns exageros nas mesmas), se só participa quem quer.
Quando eu fui caloira (há apenas 25 anos!), as praxes não foram para quem quis, foram para toda a gente que apareceu no primeiro dia de aulas. E para quem apareceu no segundo, pensando já ter escapado... Só sei de uma pessoa da minha turma que não foi praxada - porque só apareceu nas aulas passados muitos dias (não sei quantos, mas seguramente fora da época das praxes).
As praxes foram realizadas durante o dia, no tempo que seria das aulas. Uma das praxes, aliás, foi uma aula falsa, para assustar. Ficaram-nos com os passes (de quem os tinha, claro - quem ia a pé para a escola acho que entregou outro documento qualquer). Pintaram-nos a cara com batons (foi das poucas vezes que tive maquilhagem na cara...). Fizeram-nos gritar parvoíces.
Só uma praxe me incomodou: a do "perfume" (mistura de vários perfumes rasca). Um cheiro insuportável. Mas podiam ter-me borrifado com o melhor perfume do mercado e o resultado teria sido o mesmo: uma dor de cabeça. Eu não aguento cheiros intensos. Posso gostar de um perfume, de passagem pelo meu olfato - isso não significa que aguente ter esse cheiro em mim durante muito tempo (e o muito é relativo). Ainda assim, esta praxe teve o seu lado positivo: estive à larga no meio de um autocarro a abarrotar de pessoas, ao regressar a casa...
Não tive escolha, enquanto caloira. Fui praxada sem querer. Fui praxada por não querer ter faltas e por não saber que o primeiro dia de aulas não seria realmente um dia de aulas. Não tive escolha.
Um ano depois, tive escolha. E escolhi praticamente não praxar ninguém. Assisti à aula da praxe como se fosse uma aluna repetente ("Aquele professor de Biologia era muita mau!"), escrevi uma palavra com baton na testa de um(a) caloira(a) - acho que as iniciais do curso. E nada mais.
Porque, de facto, as praxes não têm nada a ver com aquilo que eu sou...
Eu gosto de desafios. Já participei em alguns e até já inventei um, que morreu ao fim de algumas participações. Pode ser que um dia destes experimente recuperar o desafio, agora que estou num bairro português (SAPO Blogs, por oposição ao internacional Blogger). Logo se vê.
Serviu o parágrafo anterior para introduzir o tema. A C.S. propôs-me participar no desafio que consta do título do post. Aqui estou a responder!
1. Eununcafiz um interrail– Um dos meus irmãos fez vários e veio de lá sempre muito animado; no entanto, nunca senti vontade de experimentar, talvez porque não sou muito aventureira.
2. Eujáparticipei num concurso – em vários, na verdade, mas todos em contexto escolar/colónia de férias. Fiquei em 3.º lugar, num, e em 1.º, noutro. Em concursos televisivos nunca participei.
3. Eununcaconheci a pessoa que mais admiro– ou então jáconheci. Eu explico: as pessoas que admiro à distância, sem conhecer, dificilmente são as pessoas que mais admiro, precisamente porque não as conheço, mas há várias pessoas que fazem parte da minha vida e que admiro muito. Mas estou a recordar-me de uma pessoa (e respetiva família) que primeiro admirei à distância e depois tive o prazer de conhecer e com quem mantenho contacto: a Teresa Power, que conheci através do blogue "Uma Família Católica" e que é fundadora, com a sua família, do movimento Famílias de Caná.
4. Eujácaí na rua– não me lembro de pormenores, mas de certeza que caí. Desequilibro-me tantas vezes, hoje em dia, mesmo com saltos rasos (!), que não é possível não ter caído alguma vez, ao longo da vida!
5. Eujádesmaiei– e não foi nada glamoroso, tipo filme. A meio da noite, eu estava a caminho da casa de banho. Como me sentia um bocado tonta, ia junto à parede, para manter o equilíbrio (não tem nada a ver com o equilíbrio a que me referi no ponto anterior). A certa altura, abri os olhos e estava no chão. Não sei quanto tempo fiquei deitada no chão, mas na altura achei que devia ter sido pouco. Só fiquei magoada nas costas, no sítio onde roçaram uma dobradiça ou o puxador da porta do contador (dedução que fiz posteriormente). O embate no chão, pelos vistos, foi "suave".
6. Eununcaestive em coma alcoólico – seria difícil, tendo em conta que não bebo, nem nunca bebi, bebidas alcoólicas.
7. Eununcaexperimentei drogas – nem tabaco (que, sim, é uma droga, embora legalizada).
8. Eununcame vinguei de alguém que me fez mal – na prática, não; em pensamento, não sou assim tão boazinha...
9. Eununcative um acidente – felizmente. Mas o meu carro, estacionado, uma vez apanhou com um carro de um condutor alcoolizado (acusou 3,2) e a violência do choque foi tal, que saltou e foi parar em cima do carro seguinte.
10. Eujáandei de avião – a última vez foi em 2006.
11. Eununcabebi demais – ver resposta n.º 6. Mas se calhar já bebi demasiado leite e por isso é que estou muito inchada (leite = bode expiatório). [É favor fingir que sim, que a culpa é do leite.]
12. Eujáconfundi uma pessoa com outra – várias vezes. Até já me aconteceu confundir duas pessoas aqui na blogosfera portuguesa!
13. Eujáme perdi num país/cidade estrangeira – mas acabei por me orientar - quem tem boca, vai a Roma, não é? Mas, olhem, eu já me perdi na minha própria cidade, o que pode ser bem pior!
14. Eununcative uma experiência paranormal – mas estive lá perto. Sorry, too personal to tell.
15. Eununcaroubei – mas uma vez, por acidente, fiquei com uma gramática de verbos franceses que uma professora me emprestou. Não consegui devolver o livro porque entretanto mudei de escola e não voltei a ver a professora. O que isto me pesou na consciência! O tempo apaziguou-a (já foi há quase 30 anos!)...
16. Eununcaapaguei nada do facebook por ter poucos likes – a sério que há quem faça isso? Se eu fizesse isso, para ser coerente deixaria de ter um blogue...
17. Eununcatraí alguém– não ficaria bem comigo se o tivesse feito.
18. Eununcadeixei de falar com alguém que me magoou – o que não quer dizer que faça por falar com toda a gente que me magoa, se der para não falar!
Respondi com sinceridade a todas as perguntas? Sim.
Vamos, então, às regras do desafio:
1.º responder a todas as perguntas apenas com "eu já" ou "eu nunca" .
2.º responder à última pergunta com "sim" ou "não".
3.º colocar a imagem oficial do desafio (obrigatório).
4.º referir quem vos passou o desafio.
5.º passar o desafio a pelo menos 4 pessoas (não é de todo cariz obrigatório porque nem toda a gente gosta de nomear, era porém para dar alguma continuidade ao desafio).