A propósito do aniversário do meu afilhado...
... uma reflexão (escrita em agosto e esquecida)
O meu afilhado fez 19 anos*. E isso fez-me recordar o meu décimo oitavo aniversário (e o anterior, por acaso). E a seguir fez-me refletir.
Eu fiz dezoito anos num sábado, véspera do Domingo de Páscoa. Uns dias depois tive uma festa para a qual convidei vários amigos, incluindo, pela primeiríssima vez, amigos rapazes (um dos quais foi personagem central em mais do que um episódio da série "How I met your father", por ter sido o primeiro rapaz de quem gostei "a sério"). Tenho fotos que o provam!
O meu aniversário anterior, o décimo sétimo, teve uma particularidade: foi um almoço com os meus pais e algumas amigas (só raparigas, pois claro) num restaurante perto da praia, que, uns anos mais tarde, foi transformado num McDonald's e que ainda o é. Não tenho fotos que o provem - mas podem acreditar no que vos escrevo!
Às vezes, as pessoas adultas desvalorizam os acontecimentos que sucedem na vida das crianças e jovens. Ou não dão importância à importância que as crianças dão aos seus amigos**. Eu tento não fazer nenhuma das coisas (embora o mais provável seja fazê-lo também) porque, tal como me lembro de episódios da minha infância e juventude que me marcaram, pela positiva ou pela negativa, recordo também momentos simples e aparentemente insignificantes. Penso, por isso, que, não podendo controlar as memórias das crianças e dos jovens de hoje, não posso assumir que algo que eu diga - agradável ou desagradável - vai ser automaticamente esquecido, sem consequências em quem o ouvir.
*Post escrito perto do aniversário do meu afilhado (15 de agosto) e guardado nos rascunhos não sei porquê (quando o li hoje pareceu-me pronto, daí a surpresa). No post estava escrito "18 anos", mas não acredito que tivesse o post guardado desde 2019, por isso desconfio que quando escrevi me enganei na idade dele. Mas o que pensei e escrevi mantém-se atual, tenham passado dois meses ou catorze meses.
**A minha melhor amiga é-o desde que eu tinha sete/oito anos. E por acaso (#só que não) é ela a mãe do afilhado a que me refiro (o único afilhadO que tenho, "contra" três afilhadas). Não desvalorizemos as amizades das crianças - podem ser passageiras, mas também podem ser para a vida!