"Carnaval" no Jardim Zoológico
(graças ao uso de máscaras)
No domingo passado fomos ao Jardim Zoológico de Lisboa.
O Rogério só lá tinha ido em criança (há mais de 40 anos, presumo, porque ele não me disse que idade exata tinha quando foi).
Eu fui em criança, também.
Voltei a visitar o Zoo de Lisboa quando estava a tirar o curso, para fazer com colegas um trabalho (um vídeo sobre animais, que depois editámos, com texto e áudio, para ser futuramente usado em aulas de inglês). Infelizmente fazer cópias do trabalho não estava ao nosso alcance, de modo que só um elemento do grupo teve a felicidade de ficar com a cassete de vídeo - sim, leitores mais novos, nem DVD tínhamos... - e não fui eu. Claro que não sabíamos, na altura, que eu seria a única do grupo a optar pelo ensino da língua inglesa - se soubéssemos, teria sido eu a ficar com a cassete, e talvez a tivesse conseguido copiar para DVD, mais tarde (nem que fosse com ajuda do querido Gato Rogério!).
Regressei ao Jardim Zoológico como professora, em várias visitas de estudo acompanhando a minha turma do momento, mas tendo de gerir a visita também com os restantes professores e turmas da escola. Estas visitas eram, por norma, experiências giras e enriquecedoras para os alunos, mas quase sempre muitíssimo cansativas e stressantes q.b. para nós, professores, porque quando vamos ao Zoo com os alunos, vamos nós e mais umas tantas escolas. Aquilo é um engarrafamento de crianças e de grupos que muitas vezes se torna caótico. E as filas para o comboio, para o Show dos Golfinhos, para o teleférico, para as casas de banho, ..., para tudo, nessas visitas, eram sempre gigantescas. Uma canseira.
A Vassoura, a Varinha e o Feitiço já tinham ido ao Zoo, com a escola ou em festas de anos, já não sei quem fez o quê.
Para mim, a experiência de ontem foi a melhor - mesmo tendo em conta a atual situação de pandemia.
O Zoo de Lisboa não obriga os visitantes a usarem máscara, mas recomenda que o façam. Muitas pessoas estavam de máscara, com ela a tapar o que é suposto. Outras levavam a máscara na mão, ou enrolada junto ao pescoço. Muito mal mascarados!
Nós, excetuando a Magia, que tem três anos, estivemos sempre com máscara. Tirámo-la para almoçar (comemos no McDonald's, que é algo que guardamos para ocasiões especiais, o que torna especial a própria ida ao McDonald's) e, no meu caso, durante o percurso no teleférico (quando me ocorreu fazê-lo, já a viagem ia a meio).
Acho que uma pessoa se consegue habituar à máscara na cara. Só agora posso dizer isto porque só agora tive a experiência de muitas horas seguidas com máscara - um ótimo treino e mentalização de que não será o fim do mundo, quando tiver que o fazer nas aulas.
Aspetos positivos da experiência, sem nenhuma ordem especial:
- toda a parte dos animais, que foi o que nos levou lá, para começar! 🐺🦁🦒🐮🐻🐨🦓🐒🦍🦧🐅🐆🐎🦌🦏🦛🐂🐃🐄🐖🐑🐐🐫🦘🐘🐇🐊🐢🐬🦆🐓🦃🦢🦜🦩🦚🐦🐧🐤;
- a limpeza do espaço - acho que não vi lixo em lado nenhum (tão bom!) - correção: vi bocados de papel no chão da casa de banho, que, com ajuda de mais papel, apanhei e coloquei no caixote;
- as casas de banho - não havia fila em nenhuma das vezes que lá fui (situadas em locais diferentes), não cheiravam mal e tinham papel higiénico em todas as divisórias (pareceu-me - não investiguei para relatar com rigor). Gostei que houvesse casas de banho só para crianças (em que qualquer adulto acompanhante pode entrar, claro), com sanitas pequeninas, menos intimidantes para a Magia, que só fez alguma coisa da segunda vez que pediu para ir;
- não haver fila para o teleférico, de tal modo que até deu para andarmos duas vezes, uma logo a seguir ao almoço e outra antes de nos virmos embora. Da segunda vez fiquei "em terra" com a Magia;
- haver vários locais com desinfetante ao longo de todo o Zoo, estrategicamente colocados. Não apanhei nenhum que estivesse vazio;
- o comportamento dos quatro descendentes, de uma maneira geral (o Gato também se portou bem 😉😁😂), e, em especial, da Magia, que nunca pediu colo, não fez birras, almoçou lindamente, não se sujou (nem com comida, nem com necessidades fisiológicas) e tornou a experiência mais mágica para todos.
Aspetos menos positivos da experiência, sem nenhuma ordem especial:
- o preço dos bilhetes - podiam ter um preço para famílias, independentemente do número e da idade dos descendentes (pelo menos enquanto menores);
- o rolo de papel das mãos, nas casas de banho, estava colocado à solta em cima das bancadas, perto dos lavatórios. Resultado: como as bancadas apanham água, parte do papel estava molhado. Havia secadores de ar a funcionar, por outro lado;
- o facto de todos os espetáculos estarem inativos, assim como o comboio, o reptilário e outros espaços (poucos, relativamente a tudo o que há para ver);
- o facto de algumas pessoas desrespeitarem as distâncias, nos locais em que havia marcas claríssimas no chão;
- o facto de algumas pessoas (à tarde mais do que de manhã) estarem sem máscara.
Balanço final: valeu muito a pena e foi um marco neste verão, que tem sido sobretudo caseiro. Veremos o que nos reserva o tempo de férias que ainda temos...