Experiência de babywearing - marsúpio, sling, pano
Quando a Vassoura nasceu, comprámos um marsúpio da Chicco para eu utilizar quando fosse com ela de transportes públicos (eu não conduzo). Utilizei-o sem dificuldade, mas... ficava sempre com dores nas costas. Só anos mais tarde percebi porquê (explico depois).
[Retirei esta imagem da net, em vez de fotografar
o meu marsúpio. Foi mais rápido assim.]
Quando a Varinha nasceu, voltei a utilizar o marsúpio para ir com ela às vacinas, por exemplo, se fosse sozinha de transportes. As dores nas costas continuavam, mas era mais fácil do que carregar o carrinho de bebé escadas acima e escadas abaixo no metro!
Entretanto fui ouvindo falar de slings e panos, mas pareciam difíceis de utilizar.
Após o nascimento do Feitiço, quando iniciei as aulas de recuperação pós-parto, no mesmo sítio onde agora as faço, comecei a perceber o funcionamento dos slings e ponderei comprar um, sabendo que me ajudariam a usá-lo, ao início. Mas lembrei-me do marsúpio que já tinha e comentei aquilo das dores nas costas. Disseram-me que não era suposto ficar com dores e propuseram-me que levasse o marsúpio para ver qual seria o problema (se, por exemplo, era eu que não o estava a colocar da melhor maneira).
Levei o marsúpio e coloquei o Feitiço nele, tal como sabia. A instrutora identificou o problema: o marsúpio era para pessoas maiores do que eu, pois, mesmo na posição mais apertada, que era a que eu estava a usar, o rabinho do bebé ficava abaixo da linha do umbigo, provocando um esforço demasiado grande nas costas. Regra a não esquecer, para quem quer transportar o bebé à frente, ficando com as mãos livres: o rabo do bebé não deve ficar abaixo da linha do umbigo (mas pode ficar acima dessa linha, em especial quando o bebé ainda é muito pequeno).
Decidi então comprar um sling, tendo sido ajudada na escolha do que se adaptava ao meu tamanho. No entanto, não dei muito uso ao sling, pois o Feitiço não se mostrou muito fã. Acho que a minha falta de jeito ou confiança não ajudou.
[Também retirei da net. Esta elegante mãe não sou eu
e @ bebé não é tão linda como a Magia!]
Na gravidez da Magia, recordando-me que o marsúpio não era para o meu tamanho (e tendo também aprendido que ficar apoiado nos genitais, com as pernas completamente penduradas, não era a melhor opção para a postura do bebé) e que não me dera muito bem com o sling, comecei a namorar a ideia de arranjar um pano, sabendo que tinha quem soubesse ensinar-me a usá-lo.
Ora, não há coincidências... A madrinha da Varinha, que é a minha melhor amiga, como já aqui disse várias vezes, manda-me um dia uma mensagem a dizer "Estava a pensar oferecer-te um pano para transportares a Magia quando nascer. O que achas?". Escusado será dizer que a minha resposta foi um "Acho uma ótima ideia!" entusiasmado.
Recebi o pano doze dias depois de a Magia ter nascido, numa segunda-feira.
Na terça-feira, uma amiga que é especialista em "babywearing" (como mãe e por formação) ensinou-me as voltas necessárias, e os truques para ver se a bebé estava bem colocada: para além de o rabinho da Magia (no meu caso) ter de ficar acima da linha do meu umbigo, as pernas dela têm de formar um M (sendo as extremidades superiores do M formadas pelos joelhos e o centro inferior do M formado pelo rabinho) e o topo da cabeça dela tem de estar à distância de um beijinho meu, sem me esforçar para o dar. Adoro o pormenor do beijinho. É tão bom dar beijinhos à Magia, que é uma dica muito fácil de lembrar!
Na quarta-feira, levei a Magia no pano ao hospital, para fazer o rastreio auditivo (para quem não sabe, é um exame muito simples que todos os bebés devem fazer e que, quando não é realizado antes da alta hospitalar, fica logo marcado). Nem precisei de tirar a Magia do pano para lhe fazerem o rastreio, o que foi ótimo, porque ela tinha adormecido instantes depois de a colocar no pano e ainda estava a dormir.
Quando cheguei a casa, sem problemas, constatei que já não conseguia dar o beijinho sem esforço. Não se assustem! A bebé não esteve em perigo de cair! Deu foi para perceber que devia apertar mais o pano, antes de colocar a bebé, uma vez que ele tem elasticidade.
Na segunda vez que usei o pano, também para levar a Magia ao hospital (desta vez para fazer um ecocardiograma por causa da questão detetada durante a gravidez), a minha técnica já estava melhor e tem vindo a melhorar de cada vez - já há várias utilizações que o beijinho é sempre sem esforço!
[Esta não retirei da net, por isso as caras estão tapadas...
Tinha acabado de chegar da ginástica de recuperação pós-parto.]