H, volta que estás perdoado...
Embora tivesse um bocadinho de vontade de transcrever fielmente as expressões que desde que escrevi este post fui lamentavelmente encontrando, não o vou fazer. Vou alterar algumas palavras, mantendo a estrutura de cada expressão. Não quero melindrar ninguém, só quero, mais uma vez, insurgir-me contra estes "h" exilados das respetivas "pátrias".
"
"
Comecei a escrever este post há muito tempo. Não o publiquei logo por pensar fazer uma listagem mais comprida do que via por aí. Entretanto, como não acrescentei mais nada, apesar de deparar com o erro repetidas vezes, mudei de ideias. Publico com apenas dois exemplos e mais uma tentativa de passar a mensagem.
Quando é que se usa "à"? Nas mesmas em que se usaria "ao", se a seguir viesse uma palavra do género masculino.
ao = a + o
à = a + a
Eu exemplifico com alguns verbos:
ir a (+ local "masculino", como o cinema / teatro / rio / mar / supermercado / parque, etc.):
= ir ao
ir a (+ local "feminino", como a praia / piscina / loja / igreja / varanda / sala, etc.):
= ir à
dizer a (+ destinatário "masculino", como o pai / o diretor / o funcionário / o vizinho, etc.):
= dizer ao
dizer a (+ destinatário "feminino", como a mãe / prima / amiga / médica / aluna, etc.):
= dizer à
adicionar a (+ substância "masculina", como o leite / mel / sumo, etc.):
= adicionar ao
adicionar a (+ substância "feminina", como a farinha / água / mistura, etc.):
= adicionar à
A lista poderia continuar, mas acho que já chega...
Voltando ao há... Se há tempo envolvido, se houve tempo a passar, esse tempo é uma realidade, invisível, é certo, mas tão real como o ar (igualmente invisível). E o que é real, há (=existe), não