Hospital e cinema
Hoje fui ao hospital, tal como tinha dito ontem que iria.
O CTG mostrou que a Magia estava muito reativa, o que é bom, e durante a meia hora que durou o exame tive apenas uma contração. Depois a minha médica andou a "investigar" e disse que o colo do útero já está mais fino (efeito das caminhadas), mas que a bebé ainda anda a passear muito "para cima". Segundo a opinião da médica, isto ainda "aguenta" mais uma semana, pelo que, se a Magia não decidir nascer até lá, voltarei ao hospital para novo CTG e nova "investigação" daqui a uma semana.
Quando saí do hospital eram horas de almoço, pelo que alimentei duas pessoas pelo preço de uma num restaurante ali perto. Paguei 6,50€ por uma "refeição completa" (coloquei as aspas porque ou comia sopa, ou sobremesa, pelo que, na minha opinião, a refeição era incompleta). Portei-me bem e escolhi sopa. A verdade é que não fiquei com fome e achei que tudo estava muito saboroso. Menos o café (que estava incluído e que só bebi porque me sentia um bocado a precisar de "arrebitar"), que, na minha opinião muito pouco experiente, não era grande coisa.
Durante o regresso a casa, decidi ir ao cinema. Ficava em caminho, pelo que saí do transporte em que ia na penúltima paragem, tendo tomado a decisão de, depois do filme, fazer a pé o percurso que faltava.
Dos filmes em exibição, selecionei dois e decidi que iria ver o que começasse primeiro. Como um deles só seria exibido à noite e o outro começava às 15:20h, a escolha foi facílima. "Ganhou" o filme "Jacinta". Lá arranjei maneira de passar o tempo (ainda eram 14:40h, mais ou menos) e, dez minutos antes da hora marcada, entrei na sala.
Durante alguns minutos pensei que iria ser a única pessoa a ver o filme. Isto, se decidissem projetar alguma coisa (o écran estava em branco). Já me estava a imaginar a receber o dinheiro de volta e tudo! Mas não. Às 15:18h (ou 15:19h, ou 15:20!) apareceram as primeiras pessoas e o senhor responsável pela projeção ligou o écran para que pudéssemos apreciar uns bons quinze minutos de publicidade pura e promoção de outros filmes.
Eu gostei bastante do filme, mas vou resumir a minha experiência (sem fazer crítica ao filme) com uma fórmula:
Tendência natural para a lágrima fácil + hormonas da gravidez = choro quase ininterrupto durante todo o filme
Comecei a chorar no genérico de abertura e praticamente só parei nos créditos finais. Ah, também fiz uma breve paragem durante o intervalo, por pura vergonha. Senti um bocadinho menos de vergonha quando, no fim do filme, uma senhora perguntou a outra: "Houve lágrimas por aqui, ou fui só eu?". Eu não disse nada, claro, que a pergunta não me era dirigida, mas tive vontade de dizer que, se só tinha tido lágrimas nos olhos, isso não tinha sido nada, comparado com a torneira que eu tinha sido (e nem sempre silenciosa).
Recomendo o filme, mas não sei se o que escrevi o recomenda...