How I met your father - Episode 17 - the wrong time to ask
Kids,
Depois de contar ao B a história verdadeira da M e do F, e de ele ter concordado em continuarmos a encontrarmo-nos, assim fizemos.
Saímos não sei quantas vezes mais, sobretudo para irmos ao cinema. Da minha parte não houve evolução de sentimentos, ao longo desse tempo. Sentia-me bem na companhia do B, mas as conversas que tínhamos não eram particularmente interessantes ou profundas, devo admitir.
Numa noite em que combinámos ir ao cinema ver "Pleasantville", com o Tobey Maguire e a Reese Witherspoon (escrevi de memória mas tenho tive de confirmar - precisei de corrigir o apelido dele.), eu estava com uma dor de cabeça fortíssima. Se fosse esperta, tinha cancelado a saída, mas não o fiz.
Assim que entrei no carro e o cumprimentei, avisei que me doía muito a cabeça, e expliquei que qualquer som ou movimento da cabeça mais repentino me causava um aumento grande na intensidade da dor, pelo que lhe pedia que não conversássemos [A sério, Mimi de 26 anos? Não era evidente para ti que devias ter cancelado a ida ao cinema???]. Ele compreendeu e cumpriu. A viagem foi feita em silêncio (o rádio estava desligado pelos mesmos motivos).
Gostei do filme, mas lembro-me que o volume do som me incomodou [Mega duh para a Mimi de 26 anos, essa pateta que eu não conheço de lado nenhum.] Durante o intervalo, não me mexi, nem quis conversar [nem conseguia, sem que a cabeça, que latejava muitíssimo, piorasse].
Quando o filme acabou, fizemos em silêncio a viagem de regresso até à minha rua. O B saiu do carro quando eu saí (acho que saía sempre) e acompanhou-me até à porta do prédio. Antes de dizer adeus, perguntou-me:
- Já pensaste naquilo que te perguntei?
Eu [com enxaqueca, da qual ele estava sobejamente informado - não sei exatamente o que terei dito]: Bem, não houve alterações em relação aos meus sentimentos...
Não me lembro como foi que o B reagiu, mas não foi bem, certamente, já que a seguir eu entrei no prédio e não nos voltámos a encontrar.
Sempre que recordo esta parte da minha história, penso que foi realmente difícil ser «eu» (não quer dizer que me pareça que ser «ele» tenha sido mais fácil). Para mim era tão mais fácil gostar sem ser correspondida!