How I met your father - Episode 4
Kids,
No último episódio divaguei sobre a minha entrada para a universidade, mas vou retomar a narração sobre o meu "primeiro amor" no ponto em que ficara.
Ele entrou para a universidade e eu mudei de escola porque onde eu tinha feito o 3.º curso do 12.º ano não havia o 4.º curso, que eu precisava fazer para entrar na Escola Superior de Educação, no ano seguinte.
Deixei de o ver, mas não deixei de pensar nele. Talvez se houvesse alguém interessante na minha nova turma eu o tivesse esquecido, mas não havia realmente ninguém que (aos meus olhos) valesse a pena.
Também a minha melhor amiga entrou para a universidade (e as outras amigas, de uma maneira geral) e, por causa disso, e da sua primeira época de exames, eu tive oportunidade de colocar alguns pontos nos ii e decidir partir para outra (sentimentalmente falando). Como? É o que eu vou contar, não é preciso roerem as unhas com a ansiedade!
A minha amiga precisava de um sítio sossegado para estudar, um sítio mais sossegado do que a sua casa. Esse sítio existia e era a casa de férias de uma amiga dos pais, uma "tia emprestada". Mas os pais não achavam bem que ela ficasse lá sozinha durante uns dias, entre o Natal e o ano novo, e eu fui convidada para lhe fazer companhia, sem, obviamente, a prejudicar no estudo. Eu levei uns trabalhos para fazer (ou exclusivamente, ou principalmente, não me lembro, folhas e folhas com exercícios de inglês marcados pelo meu professor do instituto de línguas e que me davam gosto fazer) e passámos uns dias calmos, sem incidentes. Claro que também tivemos tempo para conversar, e, entre amigas, assuntos do coração não escapam.
Falámos sobre "ele" e em como eu queria saber se valia a pena continuar a pensar nele ou se mais valia esquecê-lo. Como ele morava na mesma zona que a minha amiga, tivemos uma ideia: pedir aos pais dela que, em vez de me deixarem em casa dos meus pais, no fim dos dias de estudo, me deixassem na casa dele (que eu sabia onde era, apesar de nunca lá ter posto os pés, e de onde facilmente sairia para ir de comboio até minha casa).
Claro que não ia aparecer em casa dele sem avisar. Eu tinha o número de telefone dele* e telefonei-lhe (precisei de coragem!) a perguntar se poderia passar em casa dele para conversar um pouco. Ele disse que podia ser. E assim foi!
*Estávamos em 1991 - o telefone dele era o telefone de casa dele, não era o telemóvel. Arrisquei, por isso, que nem fosse ele a atender e por acaso acho que não foi mesmo. Mas não sei quem foi.