Mês de Maria - Dia 29
"LÁGRIMAS DE MÃE"
A 19 de setembro de 1846, apareceu a Santíssima Virgem nos montes de La Salette, na França, a dois pastores. Chamavam-se Maximino, de 11 anos, e Melânia, de 15. A Bela Senhora, vestida de branco, tinha uma linda coroa de rosas na cabeça e um crucifixo pendente do pescoço e começou a dizer enquanto as lágrimas lhe corriam dos olhos:
«Se o me povo não quiser submeter-se, serei obrigada a deixar cair a mão de meu Filho. Ela é tão pesada que não a posso suster. Para que o meu Filho não vos abandone, estou a suplicar continuamente por vós, mas não fazeis caso...
Ai dos padres e das pessoas consagradas a Deus, que por suas infidelidades e má crucificam de novo o meu Filho! Fazem falta almas generosas. Os chefes e os guias do povo de Deus descuidaram a oração e a penitência, e o demónio escureceu-lhes a inteligência. A sociedade está à beira dos mais terríveis castigos. Os maus livros encherão a terra e os espíritos das trevas espalharão por toda a parte a relaxação universal em tudo o que se refere ao serviço de Deus. O Santo Padre sofrerá muito, mas Eu estarei com el até ao fim para receber o seu sacrifício. Os governantes das nações terão todos o mesmo propósito: apagar e fazer desaparecer toda a ideia de religião para que reine o materialismo, o ateísmo, o espiritismo e todos os vícios».
Realizaram-se plenamente as profecias e castigos anunciados por Nossa Senhora, particularmente os referentes ao Santo Padre.
«A Bela Senhora - escreveu Melânia - quando me falava, chorava quase sempre. As lágrimas corriam uma a uma lentamente».
Não só em La Salette chorou Nossa Senhora. Tem chorado muitas vezes nos últimos tempos. Chorou a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, nos Estados Unidos, várias vezes em 1972; chorou sobretudo o Imaculado Coração de Maria durante quatro dias (29, 30, 31 de agosto e 1 de setembro de 1953) em Siracusa, Sicília, Itália, - facto este aprovado e confirmado pela Autoridade Eclesiástica.
A própria Virgem explicou as suas lágrimas:
«O motivo do meu pranto, do meu pranto de Mãe, são os meus filhos que, em tão grande número, vivem esquecidos de Deus, atascados na lama dos prazeres carnais, correndo irremediavelmente para a sua perdição. Para muitos deles, as minhas lágrimas caíram em vão e entre a sua indiferença. São, sobretudo, causa do meu pranto os Sacerdotes, os meus filhos prediletos, a pupila dos meus olhos, todos eles meus filhos consagrados» (Nossa Senhora aos seus Sacerdotes, págs.11 e 12).