Mês de Maria - Dia 30
"PARIS NÃO FOI ARRASADA"
Em maio de 1944, Paris vivia momentos angustiantes de fome, de pavor, de apreensão quanto ao futuro.
Os exércitos aliados tinham invadido a França pelo Norte, marchavam sobre a grande cidade, abrindo caminho a poder de bombardeamentos implacáveis. Que fariam eles à capital, onde os alemães estavam poderosamente entrincheirados?
Em agosto, Hitler, ao reconhecer a cidade perdida, na loucura da sua cólera, dá esta ordem terminante ao general Von Cholitz, comandante dos exércitos alemães: «Transforme Paris em escombros e sepulte-se nas ruínas».
Este general, apesar de ser de obediência absoluta, não cumpriu, pela primeira e única vez, a ordem recebida.
Nem a cidade foi destruída pelos alemães que a ocupavam, nem bombardeada pelos exércitos aliados que a libertaram. Onde a razão deste prodígio que os historiadores atuais qualificam de inexplicável? Está em Nossa Senhora Medianeira.
Perante o perigo iminente de destruição total, o Cardeal Suhard, Arcebispo de Paris, faz em 21 de maio e renova a 15 de agosto, festa da Assunção de Maria, este duplo voto:
«Nossa Senhora, Nossa Padroeira, permiti ao Arcebispo de Paris e ao seu povo, em testemunho da sua confiança ilimitada, fazer-vos hoje uma dupla promessa:
Prometemo-Vos celebrar doravante, cada ano, a festa da vossa Mediação Universal.
Prometemo-Vos, também, oferecer-Vos uma nova igreja paroquial com o título de «Nossa Senhora Medianeira de todas as graças».
A Santa Mãe de Deus quis mostrar ao mundo inteiro que é a Medianeira de todas as graças e salvou Paris. A cidade agradecida cumpriu a dupla promessa, celebrando cada ano a festa de Maria Medianeira de todas as graças e mandando construir uma igreja monumental em sua honra.
Este prodígio aumenta a nossa confiança em Maria Medianeira e estimula-nos a acreditar piedosamente nesta gloriosa prerrogativa da Mãe de Deus e Mãe nossa.
Escreveu o Papa Leão XIII: «Podemos afirmar com toda a verdade e propriedade que, do imenso tesouro de graças, trazido ao mundo pelo Salvador, nada absolutamente nos é concedido senão por Maria, segundo a vontade expressa de Deus» (Encl. Octobri mense).