S. Feitiço de pau oco
Estávamos no parque. Como é natural, havia formiguinhas nos seus afazeres, o que deixou (como sempre, mas especialmente desde que tivemos formigas em casa) a Varinha em semi-histeria:
Varinha: Pisa a formiga, mamã, pisa-a!
Eu não a pisei e a Varinha também não.
Entretanto, o Feitiço andava de triciclo e a Vassoura de bicicleta, para lá e para cá. Enquanto isto, vi um bichinho de conta de pernas para o ar, e ajudei-o a virar-se. Como tenho boas recordações de infância relacionadas com bichos de contas (uma delas um livro que recebi quando fiz 4 anos), chamei os meus três filhos para verem o bicho da conta a enrolar-se, formando uma bolinha, quando eu lhe desse um toque suave.
A Varinha começou logo a dizer para eu pisar o bicho.
Feitiço, gritando: Não! Não é pa pisar! [foi nesta altura que me lembrei de S. Francisco]
Eu, virada para a Varinha: Pois não. O bicho de conta não te faz mal nenhum.
Crás!
O sapato do Feitiço tinha pisado o pobre bicho, que ainda abanava um pouco algumas patas.
Em choque, acabei por dar a pisadela da misericórdia ao bicho da conta. Acho que o Feitiço manchou o conjunto de memórias relacionadas com estes bichinhos. Já não são só memórias felizes...
Foi esta história que recebi, mas a capa era diferente (provavelmente recebi um livro da 1ª edição - esta capa é da 4ª edição) |