Ser mãe (também) é...
ficarmos orgulhosas quando a nossa criança faz algo banal
Sim, eu sou dessas. Nem sempre, mas ultimamente tenho dado por mim a babar-me de orgulho por algumas conquistas da Magia.
- Já salta a pés juntos, salta mesmo (e não aquele "saltar" em que as pernas se mexem, mas os pés não querem ou não conseguem contrariar a Lei da Gravidade);
- Já corre (há muito tempo, diga-se de passagem, mas eu ainda não tinha contado!);
- Já pedala no triciclo (que me importa a mim que outros miúdos da mesma idade andem de bicicleta sem rodinhas? Nada.);
- Já sobe e desce degraus de altura razoável, sem precisar de mão ou de se apoiar em alguma coisa;
- Já diz tudo, ou melhor, "tudo". Se toda a gente a entende? Não. Se eu sempre a entendo? Também não. Mas que ela já há muito deixou de ser papagaia e se tornou autora e senhora do seu discurso, é totalmente verdade;
- Já faz puzzles simples sem ser ao calhas totalmente ao calhas, já consegue colocar as peças como eu tenho insistindo ao longo do tempo - "com cuidado", "não com força".
As conquistas relativas ao desenvolvimento motor talvez tenham um sabor especial porque, como alguns talvez se recordem, a Magia começou a fazer algumas coisas (sentar-se, andar) com atraso, o que levou a que fosse acompanhada por um neurocirurgião pediátrico. Já agora, conto que ele lhe deu "alta", pedindo (sugerindo, propondo) que a levássemos a uma consulta antes da entrada na escolaridade obrigatória. Até lá, muita água há de correr debaixo da ponte!
Aproveito para dizer (nunca sei quando é que cá volto) que a Magia adora cantar e que cantem para ela (não é muito exigente quanto à qualidade do canto, felizmente para mim, que, pelo meu lado, também gosto de cantar para ela) e com ela.
A Magia podia chamar-se Alegria, porque veio mesmo encher a nossa casa de alegria.