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Alheia a tudo... ou talvez não!

Blogue da Bruxa Mimi. Marido: Gato Rogério. Filhos: "Vassoura", "Varinha", "Feitiço" e "Magia" (17, 16, 14 e 7 anos).

06.03.13

Vassoura falante


Bruxa Mimi
A Vassoura (agora já sabe quem é, certo? Não? Vá aqui) frequenta o 1º ano do Ensino básico. Tem (muito) bom rendimento escolar, mas todas as semanas recebemos a informação que "Continua muito faladora".

Isto, confesso, incomoda-me muito, porque sempre tive facilidade em cumprir regras na sala de aula e também porque, como professora, sei demasiado bem o que uma "língua do tamanho de uma auto-estrada" nos pode fazer à cabeça (atendendo a que quase nunca há apenas uma língua deste tipo na turma).

Não temos estado de braços cruzados à espera que a questão se resolva, mas parece que, por mais que façamos, a questão não se resolve.

A Vassoura está sem televisão (convenhamos: é um castigo que só lhe faz bem), sem guloseimas (mal não lhe faz - embora antes fossem poucas as que podia comer), sem poder ir a festas de aniversário dos amigos (o que tem sido tão questionado por outras pessoas que tenho andado a repensar a coisa), e, último castigo, tem de escrever todos os dias uma frase alusiva ao comportamento que deve ter. Começou por ter de escrever duas vezes; como não melhorou, agora tem de escrever cinco vezes.


Ontem, ao escrever a frase, disse a Vassoura: "Este castigo é tão chato!" Respondi que, se não fosse, não era castigo...

Também já tentei a abordagem pela positiva, pelo que poderá acontecer de bom quando ela melhorar o comportamento: poderá ir pela primeira vez ao cinema, poderá passar uma tarde com uma amiga sem ser em situação de aniversário, poderá recuperar os privilégios perdidos, poderá...

Antes do último castigo ser introduzido, falei com o professor da Vassoura sobre uma ideia que tinha tido: arranjar um bloco pequeno para a Vassoura, na sala, em vez de falar com as colegas, escrever o que lhes queria dizer, levando-o depois para o recreio como lembrete. O professor concordou ("Vale a pena tentar tudo", disse ele), arranjou-se o bloco (chamado "Caderno do Silêncio"), mas... sem resultados à vista.

Para terminar este post que já vai longo, uma palavra de ânimo: uma amiga contou-me que falava muito na sala de aula quando estava no 1º ano de escolaridade, mas que no 4º ano já se controlava muito bem. Há esperança para a Vassoura! Espero é que não demore tanto tempo...

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